Se procurarmos referências na internet sobre alimentação saudável, encontraremos apenas fotos de algumas frutas, legumes e verduras – os ditos “heróis da geladeira”. Uma busca mais minuciosa provavelmente nos trará uma variedade maior de alimentos, mas que não incluirá muito mais do que carnes brancas e cereais integrais. Será que apenas esses alimentos constituem “alimentação saudável”?

 

Na realidade, não. O entendimento atual sobre alimentação saudável infelizmente ainda está bastante relacionado ao ideal de dietas restritivas. É comum a confusão entre comer bem e excluir da rotina alimentar comidas conhecidas por serem mais calóricas e habituées de listas de proibições dos regimes mais populares.

 

Cuidado com a falsa promessa dos suplementos alimentares
Esse clichê sobre o que é comida saudável reduz a alimentação a meras análises calóricas e nutricionais, como já escrevi aqui para a Catraca Livre e sempre comento nas minhas redes sociais (@nutri_marcela). Os nutricionistas têm uma parcela de culpa por essa inversão de valores. Por muito tempo, vestimos o uniforme de fiscal de prato de comida alheio, deixando de lado aspectos emocionais, culturais e sociais da alimentação.

 

Como se come é tão ou mais importante quanto o que se come
No entanto, os tempos são outros. É necessário ressignificar a relação que temos com a comida e com o conceito de comer saudável. Hoje sabemos que a maneira como se come é tão ou mais importante quanto o que se come.

 

Favorecer a mudança de comportamento alimentar ajuda a desconstruir paradigmas e resgatar o prazer de comer de tudo, observando e respeitando seus motivadores. Se fizermos isso, aí sim estaremos praticando uma alimentação verdadeiramente saudável.

 

Fonte: Catraca Livre.


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